75 ANOS DA RETALHAÇÃO PALESTINA

Foi sob forte lobby sionista, que a Assembleia Geral das nações Unidas, presidida na ocasião, pelo embaixador brasileiro, Oswaldo Euclides de Sousa Aranha, aprovou a partilha do território da Palestina em dois, um judeu e outro árabe, que deveriam formar uma união econômica e aduaneira. 33 nações votaram a favor, 13 votaram contra e 10 se abstiveram.

Quando a decisão foi tomada, a Palestina era uma neocolônia inglesa que lutava pela sua independência ao mesmo tempo que presenciava uma intensa migração de refugiados judeus da Europa. Com o pretexto de agradar tanto a judeus quanto a Palestinos, a resolução da ONU decidiu pela retirada gradual das tropas britânicas da região e a sua divisão em 8 regiões, 3 pertencentes ao Estado Judeu, 4 ao Estado Palestino e 1, a região de Jerusalém, ficaria sob um regime internacional administrado por um conselho tutelado pela ONU.

Os Países árabes vizinhos, bem como os árabes palestinos da região, não aceitaram a decisão que contrariou as próprias intenções da ONU que defende (em tese) as populações o direito de decidirem sobre seu destino. Também se alegava que as melhores terras agricultáveis da região foram entregues ao Estado Judeu bem menos numeroso que os habitantes palestinos da região.

A polêmica resolução não acabou bem. Israel proclamou sua independência antes do previsto em 1948. Em resposta uma coalizão árabe decretou guerra ao recém criado país. Em meio a guerra Israel avançou sobre territórios Palestinos que controla até hoje, impedindo de todas as formas a consolidação e constituição de um Estado Palestino soberano. Um trabalho brilhante e portanto bem mais completo, sobre essa injustiça histórica, foi realizado pelo historiador Raul Carrion e pode ser acessado nesse link.

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