A Somália fica no extremo oriente do continente africano, na península da Somália, região também conhecia como cifre da África devido a semelhança de sua representação cartográfica com um chifre de rinoceronte. Projetando-se sobre o Oceano Índico, delimita com o Iêmen o golfo de Áden. É um lugar de praias lindíssimas, de águas cristalinas, mas que não recebe turistas, já que o país não oferece estrutura, nem segurança, para visitantes.
O território somali é composto por diversos platôs, planícies e montanhas, onde correm dois grandes rios, o Jubba e o Shabeelle, que nascem na vizinha Etiópia e se encontram um pouco ao sul da Capital Mogadíscio, onde tornam-se sazonais, só chegando a desaguar no Índico em certas épocas do ano. O clima no país, muito influenciado pelos territórios áridos que o circundam, é marcado por temperaturas altíssimas em praticamente o ano todo, combinados com a uma umidade muito baixa do ar.
O seu interior conta com muito pouca chuva durante o ano todo diferente das regiões da costa onde o clima é considerado um pouco mais tropical de monção, caracterizado por apresentar duas grandes estações durante o ano: a estação seca e a estação chuvosa. Durante a estação seca, os ventos sopram do continente para o oceano, dessa forma não formando chuvas. Durante a estação chuvosa o processo é contrário e os ventos vão do oceano para o continente, levando consigo todas as especificidades necessárias para a ocorrências de chuvas intensas e muitas vezes até continuas.
A população da Somália é a mais homogênea, em termos étnicos, culturais e linguísticos, entre todos os países africanos. Mais de 60% de sua população vive, no interior árido, do pastoreiro. O país detém o maior rebanho de camelos do mundo. Os aminais fornecem carne, leite e força motriz. Também é da Somália as maiores taxas de crescimento demográfico do mundo. As mulheres tem em média 6 filhos, ainda que 10 % dos nascidos vivos não cheguem a idade adulta e quando chegam a expectativa de vida no país é de pouco mais de 47 anos de vida.
Além da falta de água e de comida a Somália convive com instabilidade política, surto de doenças como a cólera e migração em massa que geram campos de refugiados nos vizinhos Etiópia e Quênia. A situação só tende a piorar até o mês de Abril de 2023, quando recomeça a temporada de chuvas e renasce a esperança de chuvas que podem trazer um pouco de alento para um dos países mais pobres do mundo.
