Após o vexaminoso episódio em que a parlamentar e um segurança, logo após um bate boca com um homem negro, o perseguem, com armas em punho, por vias públicas, a deputada viajou para os Estados Unidos onde encontra-se até hoje.
O evento foi registrado em vídeo que circulou na internet, onde se pode ver nitidamente a perseguição e o momento quando saca uma arma de sua cintura e vai em direção a um bar/restaurante, lotado de populares, sempre com uma arma em riste. De acordo com as imagens, também é possível verificar um segurança sacar a arma e se escuta, claramente, um disparo.
O advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, acionou a Justiça para que a parlamentar seja exemplarmente punida, já que o porte de arma, além de ter sido expressamente proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral nas vésperas das eleições, é crime punível, inclusive, com prisão. O advogado ainda acrescentou que além de ser enquadrada pela Justiça Eleitoral, ela poderá ter que responder por violar o artigo 15 da Lei nº 10.826, que prevê reclusão de dois a quatro anos para quem “disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela”.
Nessa quarta-feira (16/11) em depoimento a Procuradoria Geral da República realizada por videoconferência, Zambelli tentou amenizar o ocorrido. Ela argumentou que o acontecimento ocorreu um dia após ter o número de seu telefone vazado na internet e que tinha recebido mensagens com ameaças de morte e xingamentos. Citando seu filho de 14 anos que a acompanhava e testemunhou tudo, disse também que agiu após receber “graves ofensas a sua honra e ameaças a sua vida”.
O depoimento ocorreu por solicitação do Supremo Tribunal Federal que autorizou o procedimento da Procuradoria Geral da República a quem cabe agora decidir se pede uma investigação formal ou arquiva o caso.
