A GRANDE IMPRENSA E O “MERCADO”.

A Grande Mídia Nacional mais uma vez demonstra grande coesão e unidade na defesa do prosseguimento da pauta neoliberal no Brasil.

Em resposta a discurso proferido por Lula no dia de ontem (10 de novembro), em que o presidente falou com lágrimas da prioridade do combate a fome, as manchetes dos grandes jornais, insensíveis as reais dificuldades do povo pobre, se concentraram em pressionar o novo governo, ainda em construção, a atender aos interesses rentistas.

A Folha de São Paulo disparou: “Discurso de Lula sobre teto de gasto derruba mercados.”

O Estadão, no mesmo tom: “Lula ainda está no palanque” e completa: “É hora de parar de fazer comício e demonstrar compromisso com a racionalidade econômica”

O Globo segue: “Lula critica a ‘tal estabilidade fiscal’; Bolsa cai, e dólar dispara.”

Valor: “Dólar dispara e bolsa derrete após fala de Lula sobre gastos.”

Nas TV’s e nos rádios o noticiário dá nojo, é o mesmo discurso repetitivo com os mesmos chavões do culto ao “deus-mercado”.

Mercado é metáfora para um bando de rentistas parasitas que não produzem absolutamente nada e se incomodam com um programa voltado ao combate a desigualdade social e ao problema urgente da fome, interpretando isso como se fosse um “gastar a vontade” por parte do governo. Isso é pura desonestidade. A expansão de gasto público é saída para dinamizar a economia e não gera necessariamente a tão temida inflação que nem a ortodoxia de Guedes conseguiu evitar. O Brasil hoje tem milhões de desempregados e capacidade ociosa das indústrias. Nesse quadro a intervenção econômica do Estado é essencial.

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