Outrora toda poderosa, a Rede Globo de televisão possuia a maior abrangência do sinal analógico via UHF no Brasil, entrando na maioria dos lares da nação. Com suas novelas, seu jornalismo e sua transmissão esportiva centrada no Futebol, abocanhava a maior parcela de arrecadação com publicidade no Brasil. Sua linha editorial formava a opinião de grande parte da população brasileira. Ao longo do caminho de consolidação como maior meio de comunicação do país, acumulou muitos críticos a sua postura midiática. Tornou-se comum a expressão: ”isso a Globo não mostra”.
A difusão do acesso a internet e a popularização da transmissão via streaming mudou muito o cenário em que a Globo se fez a maior televisão do Brasil. Em meio a adaptação aos novos tempos a Emissora lançou a platafotma digital Globo Play e vem tomando medidas administrativas para diminuir custos, o que tem implicado na reformulação de seu quadro funcional, substituindo personágens consagrados da telinha por profissionais mais novos e baratos.
Cogitasse que as novas demissões, ainda em andamento, atinjam algo em torno de 700 profissionais com amplo currículo de serviços prestados, tanto a mídia do país quando a própria emissora. O terror do desemprego afeta muita gente. Nessas horas o discurso de colaborador para se referir aos trabalhadores mostra a sua hipocrisia. A Globo sempre fez coro com esse discurso neocapitalista que trata os empregados como uma grande família e blá blá blá.
Entre os nomes dispensados nessa nova leva de demissões estão jornalistas como Marcelo Canellas, Leila Sterenberg, Alicia Grande, Fabio Turci, Giuliana Morrone, César Galvão, Monica Sanches e Eduardo Tchao, além de narradores como Galvão Bueno, Milton Leite e Cléber Machado.
A Rede Globo emitiu um comunicado oficial sobre as demissões em massa, onde afirmou que as mudanças fazem parte de uma reestruturação da empresa para se adaptar às novas demandas do mercado e às novas formas de consumo de conteúdo pelos espectadores.
No comunicado, a Globo destacou que “trata-se de um movimento importante e necessário para a empresa se adaptar às novas dinâmicas de mercado, reorganizar e otimizar estruturas e assim seguir investindo na qualidade e excelência de seus conteúdos em todas as plataformas”.